15 de setembro de 2013

Compositor de destinos

Do tempo hoje é prisioneiro. A correria do dia a dia é rotina. Pais largam definitivamente os filhos na escola e correm para seus empregos mesquinhos, afim de não perder o horário, o tempo, o ponto.
Qual a nossa importância afinal diante desse manipulador marcado por 12 números, 24 horas por dia? 
Alguém já parou pra pensar que já nascemos para a morte?
Fazemos tudo e nos prendemos a isso. A este conceito de que não temos todo o tempo do mundo como diz aquela música do Renato Russo. O ser humano é o único animal que tem consciência de tempo e morte. Já eu, confesso que gosto de ver o amanhã como se ele não existisse. 
Observo nos animais e percebo que  a eles pouco importam se são 2 horas da tarde ou 3 da manhã. Não vejo Bem-Te-Vi se colocando horário pra cantar, tão menos para voar. Desejamos a liberdade e mal sabemos que ela só é conquistada por inteira quando nada nos prende, nem mesmo o tempo. Que temos que viver como se nada existisse, nem mesmo o amanhã, o depois e o logo ali.
Os políticos se vangloriam de um poder. Ô ilusão! O maior poder não esta nas mãos deles e sim no cedo ou tarde, no agora ou depois, no digital ou analógico, no tempo afinal. Pois, até mesmo o Poder tem hora pra começar e deixar de acontecer!
Ele comanda tudo. Ele dita a regra por aqui. Ele que nos diz que hora sair de casa e que hora chegar. Somos todos dependentes dele. Tudo tem sua hora, seu lugar, seu espaço, seu período. E quando não, sempre tem um  jeito de haver. Afinal, o que seria da noite sem o dia e do amanhã sem o hoje? Apenas palavras em vão. 

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