Se tem uma coisa que eu gosto - além da música, claro - é cinema e em 2012 pelo menos no quesito estréias não foi lá aquelas coisas. Salvo, claro, rara exceções como o filme As vantagens de ser invisível estrelado por Emma Watson e Hugo Cabret que na minha humilde opinião de fã de cinema deveria ter levado O Oscar também, juntamente com O artista que convenhamos: ousou ao ser inteiramente mudo e em preto e branco.
Em Hugo Cabret que vi recentemente, Martin Scocese divou ao fazer uma memorável homenagem ao clássico Viagem a Lua de George Mélies trazendo consigo não somente uma boa fotografia como uma história que lhe prende do começo ao fim.
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Cena do filme Viagem a Lua de George Mélies |
Com relação As vantagem de ser invisível começo primeiramente a falar do elenco diviníssimo composto por Emma Watson, Logan Lerman e Ezra Miller, que não chama muita atenção, mas possuem algumas das melhores interpretações do ano. Esse é um filme com doses de comédia, romantismo e às vezes comovente, e que acerta em cheio ao retratar a vida de jovens nos anos 90. Baseado num livro de sucesso, o filme se torna igualmente satisfatório já que foi adaptado pelo próprio autor da obra literária para o cinema.
Mas nem tudo foram flores. Na lista de produções Exus ficou dois filmes estrelados por Johnny Depp, que confesso ser meu ator predileto, mas que por favor, não é porque sou fã que sou obrigada a gostar de tudo, certo? Afinal fã mesmo critica e elogia quando merecido o trabalho do admirado. Enfim, não conseguiu me agradar, ou eu deveria estar esperando demais dos filmes The Rum Diary ( O diário de um jornalista bêbado - puft! .-. Ainda quero descobrir quem é a criatura que me traduz os nomes para o PT-Br ) e Dark Shadows (Sombras da Noite) .
Em The rum diary chega em um momento do filme que o enredo se perde. Pelo menos foi o que eu senti. E porque raios Johnny sempre parece estar encarnando o capitão Jack Sparrow? Os trejeitos todos lembram o pirata. Já em Dark Shadows, definitivamente Tim Burton só comprovou minha tese que a melhor parceria que houve dele com Johnny até hoje foi em Edward Scissorhands. Até porque a idéia de misturar história de vampiro com comédia não deu lá muito certo. Mas enfim, não foram um desastre total como foi Espelho Espelho meu. Filme sem graça, sem sal e com uma história mais batida que roupa na mão de lavadeira.
Não acompanhei muitas estreias este ano, mas dos que assisti os Divos e Exús do cinema foram esses. Uma beija para os hatters e Au revoir lovers.