10 de novembro de 2011

À Marcelo Tas

Desde que me entendo por gente o Marcelo Tas está na minha vida. Seja como jornalista, seja como interprete de um personagem infantil ou pelas redes sociais.
Hoje, esta pessoa que praticamente me criou e se tornou meu exemplo a seguir completa 52 anos. Mas a idade perante o legado que ele vem nos deixando na comunicação é apenas um mero detalhe.
Tas é praticamente o pioneiro  deste novo jornalismo. O jornalismo sem medo e ousado, que com um toque de humor ácido, não só informa como ensina os telespectadores admiradores deste formato.
Seu jeito ácido, realista, perseverante e ao mesmo tempo doce e alegre fez com que ele fosse o que é hoje. Admirado e seguido por mais de dois milhões de pessoas no twitter. 
Abstenho-me de contar sua carreira, até porque ela já virou livro e é algo que contam todo ano. Mas as palavras que se seguem não é só um agradecimento da minha parte, como a minha história ligada ao trabalho e caminho traçado por  Tas nestes 30 anos de carreira.
Quando criança, adorava ver televisão. Era de praxe  correr para frente daquele tubo infecto para ver desenhos, seriados infantis ou qualquer programa infantil que tivesse passando no horário, enquanto brincava com um jogo qualquer.
O desenho Cavalo de fogo, Rá-Tim-Bum (na época reprisando) e Castelo Rá-Tim-bum eram os meus prediletos. Ra-Tim-bum passava na hora do almoço, para ser mais exata, às 13h15 da tarde. E aquela figura preta e branca que aparecia de um fundo que me levava a tentar imaginar o que teria além dele, me encantava.  Era o Professor Tiburcio, interpretado por Marcelo Tas. Foi aí que tive minha primeira visão do que seria um professor. Depois do Rá-Tim-bum vinha o Castelo e os quadros dos cientistas, do bichinho com risada maléfica e o Porque sim não é resposta, eram o que eu mais gostava de assistir.
Telekid e seu porque sim não é resposta foi, acredito eu, o principal motivo pelo qual me tornei curiosa para saber o porque de tudo. Tendo assim me incentivado a leitura.
Os anos se passaram, fui crescendo vendo esses dois programas até então exibidos na Tv Cultura, Ra-Tim- Bum hoje não reprisa mais, apenas o Castelo e no dia 17/03 vejo novamente a figura que mais fez parte da minha infância. Só que agora sem bonezinho e tão menos sem seu figurino e seus cabelos rebeldes. Era Marcelo Tas, em uma bancada, de terno, gravata, óculos escuros e careca. Mas ainda passando a mesma energia e com o mesmo olhar doce que me acolhia quando criança, quando dizia seu famoso ‘Olá, Classe!’.  Começou ai então uma nova descoberta: Tas seria o jornalista e o meu exemplo a seguir.
As historias dos encontros que tive com ele são as melhores possíveis. Momentos de encantamento e tietagem são o que definem essa história. Sem claro falar do carinho e atenção que ele sempre me deu nesses encontros. E hoje, quando meu ídolo (me orgulho muito em dizer isso) completa 52 anos a única coisa que lhe tenho a desejar, além de sucesso, é paciência, paz e, sobretudo saúde, amor e felicidade, para que ele continue assim nos dando alegria, nos informando, nos educando e nos mostrando que por mais difícil que se pareça um sonho, o castelo pode se transformar em realidade.

Obrigada Marcelo Tas, por tudo! Por nos ensinar sorrindo e por ter me acrescentado valores que levarei durante toda a minha vida!