Primeiramente sou suspeita a falar de um filme onde um dos personagens principais é interpretado pelo Johnny Depp. O qual sou fã desde sei lá quando. Mas, faz tempo já! Até porque lembro que foi com Edward Scissohands que eu o conheci. Filme por sinal que de longe foi o melhor de Depp. Pelo menos os das parcerias com o Tim Burton, na minha modesta opinião. Mas, enfim! Tirando o fato de ser suspeita a falar e de conhecer toda a filmografia do John, fui nesta sexta assistir a mais um trabalho dele. Dessa vez com o mesmo diretor de Piratas do Caribe e tendo como parceiros de elenco Armie Hammer na pele do Cavaleiro Solitário e Helena Bonham Carter como Red, que por sua vez já contracenou diversas vezes com o ator. Só que sem essa de resenha. Isso aqui não sera uma resenha do filme.
Digamos que The Lone Ranger não é aquele tradicional filme de bang bang texano, mas lembra. O que destoa tudo é justamente a visão do personagem de Depp, o índio Tonto sobre a historia toda e o cavaleiro no inicio não curtir muito armas. Uma coisa hippie paz e amor, resolvamos na conversa. O que no decorrer do filme não adiantou já que logo ele teve que aprender que em terra onde a ganancia é juiz, fora da lei vira moçinho. E cheguei talvez ao que para mim foi a mensagem chave do filme: ganancia. Qual o seu limite e do que somos capazes quando estamos possuídos por esse desejo sórdido de ter mais do que deveríamos.
Por causa da prata, metal por sinal valioso ( pelo menos no filme), o cidadão responsável pela lei, ou talvez estivesse mais próximo de um prefeito, dizimou a tribo Comanche a qual Johnny, ops! Tonto, pertencia! Uma historia, tirando as vidas, inteira jogada no rio por causa da prata que no fim, Tonto e sua sabedoria indígena deixou bem claro ser esta uma péssima troca.
Troca, pois, na trama o índio troca objetos de algum valor por alpiste. Alpiste este que o personagem dá ao pássaro morto que carrega em cima da cabeça.
Juntamente com a ganancia foi tratada também a falta de ética do sujeito que traiu o acordo feito com a tribo Comanche. Porém, em contra partida, a lealdade de Tonto ao andarilho espiritual, nome dado ao cavaleiro solitário pelo índio, foi digníssima.
Mesmo que possuindo motivos diferentes, eles tinham um proposito em comum: destruir aquilo ou quem havia acabado com o único bem que de fato devemos querer possuir: a família.
Os filmes que o Depp pega para fazer sempre teve este tom de trazer alguma mensagem para quem assiste.
Não é somente uma historia com as características daquelas de velho oeste, de deserto, feno passando e etc. Mas uma história com algum recado por trás. Não foi a atuação impecável do Johnny (por sinal agora compreendida do porque dos tantos elogios por parte de quem foi representado por ele: os comanches) na pele do Tonto, nem de Hammer como o cavaleiro solitário, muito menos de Helena ou todo o restante do elenco que tornou o filme bom, mas sim o recado que deixaram. A ideia de que minha liberdade termina onde acaba a sua. Ou colocando mais no contexto do filme: Respeite o meu espaço e seras respeitado. Não viole o que eu acredito. Não passe por cima de ninguém para ter o que deseja, por que isso pode ser não só uma péssima troca a se fazer na vida , como também pode ser a sua última.