Fico vendo essa nova geração chamar de divo, diva, ídolo, ídola toda semana alguém novo. Mudam de ídolos como se muda de roupa. Como se a admiração também tivesse ganhado data de validade. Não é mais como antigamente. Onde as pessoas se detinham a ser fã de algo pelo resto da vida. Mesmo que esse ''algo'' caminhasse por lugares proibidos. Hoje, qualquer um tem status de ídolo. E o pior? é que sempre perdem para o artista da vez. Como por exemplo: se hoje Anitta brilha, na visão de alguns, amanhã nesta mesma visão, será apenas mais uma. É só questão de tempo.
Estamos em uma era marcada pela interação, pela velocidade, sobretudo. E essa característica, antes pertencente apenas ao mundo digital, anda aos poucos devorando o real. Eu, particularmente possuo ídolos de anos.Se me perguntassem em 2000, de quem era fã , responderia a mesma coisa que respondo hoje: Pink, Johnny Depp, Cazuza e Marcelo Tas. Sempre os quatro e mais ninguém. Mesmo que algum deles pise na bola uma vez ou outra. Mas do que importa? ser fã é isso. Ignorar algumas coisas, mas nunca apoiar tudo. Perder os próprios conceitos por uma celebridade que admira é tolice. Ter opinião própria é vida! Mas, enfim.
A geração de hoje possui ídolos com prazo de validade. Eu me orgulho em dizer que sou fã do Johnny, por exemplo, a mais de uma década. Que acompanho o trabalho desde que o vi pela primeira vez, lá em 1998, como Edward. Isso é ídolo. É alguém que você acompanha não importa o que aconteça, que te acrescenta algo na vida, que não importa quanto tempo passe você continuará gostando e admirando seu trabalho e ser fiel a isso. Afinal, gostar de um ou outro todos podem gostar, mas, a partir do momento que se chama de ídolo, a relação não pode ser mais uma coisa de momento.
E tenho dito!