3 de janeiro de 2014

Ídolos com prazo de validade

Fico vendo essa nova geração chamar de divo, diva, ídolo, ídola toda semana alguém novo. Mudam de ídolos como se muda de roupa.  Como se a admiração também tivesse ganhado data de validade. Não é mais como antigamente. Onde as pessoas se detinham a ser fã de algo pelo resto da vida. Mesmo que esse ''algo'' caminhasse por lugares proibidos. Hoje, qualquer um tem status de ídolo. E o pior? é que sempre perdem para o artista da vez. Como por exemplo: se hoje Anitta brilha, na visão de alguns, amanhã nesta mesma visão, será apenas mais uma. É só questão de tempo. 
Estamos em uma era marcada pela interação, pela velocidade, sobretudo. E essa característica, antes pertencente apenas ao mundo digital, anda aos poucos devorando o real. Eu, particularmente possuo ídolos de anos.Se me perguntassem em 2000, de quem era fã , responderia a mesma coisa que respondo hoje: Pink, Johnny Depp, Cazuza e Marcelo Tas. Sempre os quatro e mais ninguém. Mesmo que algum deles pise na bola uma vez ou outra. Mas do que importa? ser fã é isso. Ignorar algumas coisas, mas nunca apoiar tudo. Perder os próprios conceitos por uma celebridade que admira é tolice. Ter opinião própria é vida! Mas, enfim. 
A geração de hoje possui ídolos com prazo de validade. Eu me orgulho em dizer que sou fã do Johnny, por exemplo, a mais de uma década. Que acompanho o trabalho desde que o vi pela primeira vez, lá em 1998, como Edward. Isso é ídolo. É alguém que você acompanha não importa o que aconteça, que te acrescenta algo na vida, que não importa quanto tempo passe você continuará gostando e admirando seu trabalho e ser fiel a isso. Afinal, gostar de um ou outro todos podem gostar, mas, a partir do momento que se chama de ídolo, a relação não pode ser mais uma coisa de momento. 

E tenho dito!

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