8 de janeiro de 2011

Uma garota perdida em Londres

Não faz muito tempo havia uma garota que morava na região centro oeste que sonhava em conhecer Londres.
Este sonho, apesar de ter começado a partir de um filme totalmente fora do que se chamaria "real" se tornou cada vez mais intenso e frequente. Mas, o que ela não sabia é que  há pouquissimos dias este sonho antigo se tornaria tão real quanto qualquer coisa que  já havia desejado.
Há alguns dias atras, esta garota apaixonada pela capital inglesa, realizou seu sonho juntamente com sua tia. Foram 3 dias de aprendizado, porém, sobretudo de tranquilidade, já que fora do país, fez questão de deixar tudo lá e só curtir sua pequena estadia em Londres.
Em um hotel não muito caro, pelo menos não para o padrão de vida de lá, ela tinha a vista do Big Ben. Relogio fantastico que te remete a um lugar digno de filmes de hollywood. 
Londres era fantastica. Cheirava a arte e historia. Ali a cultura misturava-se com o tom medieval e moderno da cidade. A Abadia de Westminster, lembrava muito a cena do filme que havia acendido esta curiosidade por Londres em sua mente. Uma arquitetura um pouco gotica, mas de tal beleza e imparcialidade que a encantavam, como se tivesse vendo em sua frente a plena obra divina.
O museu britanico, aquilo sim cheirava a história. História de todos os povos, não apenas o inglês. História grega, romana, francesa, egipcia, enfim. Esculturas que contavam o tempo em que a unica tecnologia usada era uma pedra e o talento. 
O Tamisa, rio que passa por baixo da Bridge Tower ou Ponte da Torre é de uma imensidão ilusória. Aquela mistura de natureza e civilização que ela via ali a inspirava a ficar olhando horas e horas, exceto os segundos os quais ela piscava, quando isto era possivel, já que a paisagem era tão surreal que seus pensamentos voavam e ali ela se esquecia de tudo, ficando numa tranquilidade incomum.
Já o Parlamento inglês era incrivel. Parecia uma vista de contos de fadas, mas não tanto como era a Torre de Londres, onde lembrava bem aqueles castelos dos filmes infantis o qual ela havia visto. Com certeza, esta sim era uma vista digna de um conto de fadas, só faltou o principe e o cavalo branco, o que, diante da guarda inglesa, avistou, de longe sim, a realeza inglesa, que apesar de apenas representar aquele país moderno em diversos costumes, possuia ainda aquele velho toque monarquico.
As estatuas e o Big Ben também foram uma atração a parte, apesar do Big Ben ser a sua maior curiosidade, o que mais lhe chamou a atenção foi a sua forma rustica e um tanto encantandora de sua construção. Mas, apesar de Londres ainda ter este toque medieval, cheio de torres, pontes, palacios e estatuas historicas, possuia também seu lado moderno, o lado de seus transportes, como o Double bus vermelho sangue, a estação de King's Cross, os parques arvorizados e calmos e o Eye London, uma roda gigante misturada com uma espécie de bondinho do pão de áçucar, de onde você poderia ver toda a cidade e suas peculariedades magnificas. 
Definitivamente, Londres era a cidade dos sonhos. A riqueza e ao mesmo tempo a simplicidade de suas arquieturas, casas e ruas a remetiam a pensar isto. A história estava presente ali, os teatros de rua lhe mostravam a arte de Shakespeare e lhe davam informações que nem enciclopédias muito menos aulas intensas de história a teriam dado. Seus monumentos, parques, estações cheirava a arte, a modernidade, a cultura guardada a sete chaves e valorizada pela sociedade habitante ali.
As ruas, durante a noite pairava o silencio, a calmaria, algo incomum vista no Brasil. Ela tinha a certeza  que se saisse as 2 horas da manhã, não correia risco nenhum, afinal, estava em meio a pessoas civilizadas e tão impressionantemente disciplinadas que cheiravam a antipatia, o que claro era uma mera impressão.
Londres era magnifica e esta menina, hoje aqui vos escreve, depois de uma aventura maravilhosa na cidade que não é a cidade luz, mas a cidade de Shakespeare, de bruxos inventados e dos sonhos guardados.