Nunca fui boa para expressar em palavras a perfeição. Acredito que ninguém seja, até porque perfeição ou beleza não se explica, ela somente existe. Contudo, poderia fazer um relato exato do que tive a oportunidade de presenciar neste ultimo domingo (27), mas prefiro pelo menos desta vez tentar expressar nas palavras que se seguem o que senti com aquele espetáculo que acontecia diante dos meus olhos.
Conheci o trabalho de Fernando Anitelli e O Teatro Mágico em 2006 e desde então acompanho quase que de perto o caminho percorrido por eles. Mas jamais imaginei que algum dia pudesse ver tão de perto um show deles. Tão menos que conheceria a eles todos da forma que pude conhecer neste fim de semana.
O show, erroneamente chamado assim, já que eu particularmente defino como espetáculo da poesia, pode ser facilmente caracterizado como incrível, inesquecível e inexplicável.
Incrível pela emoção das músicas e a profundidade de suas letras, inesquecível pelo espetáculo criado em cima de um palco tão pequeno comparado ao talento de todos e inexplicável por terem conseguido colocar em um lugar três tipos de arte: o circo, a poesia e a música.
Confesso que não teve um só momento que o show deixou a desejar. Do começo ao fim prendeu a minha atenção, tanto com as músicas, quanto com as performances dos integrantes, em especial de Andrea e Wallace, respectivamente a bailarina e o acrobata que pulou em certo momento do palco e veio até nós, nos animando ainda mais.
Com um show empolgante impregnado de poesia, música e algumas graças do vocalista Fernando Anitelli, aquela experiência foi sem nenhuma dúvida a fiel representação da perfeição.
Mas, uma hora o espetáculo teria que chegar ao fim. E por mais que o fim seja um belo incerto, esta foi em partes, a pior parte do show. A parte da despedida deles deixando-nos com um irremediável gosto de quero mais.
Porém, eu não queria que acabasse ali. Queria prolongar um pouco mais. Decidi então esperá-los atrás do palco a fim de agradecer pela experiência tão linda vivida ali. Consegui conversar com quase todos, infelizmente lamento não ter tido a mesma oportunidade com Galldino, o violinista da trupe , mas de qualquer forma o carinho e atenção do vocalista Fernando Anitelli comigo e até mesmo dos outros integrantes compensaram de alguma forma esta falta.
Sendo que O Teatro Mágico mostrou que não só é possível fazer música independente, como também é possível fazer de um show um sonho que não queremos acordar. E se eu pudesse voltar no tempo, neste exato momento, voltaria naquele instante em que estava em frente a aquele palco, vendo músicos, artistas e poetas transformarem na frente dos meus olhos meu sonho em realidade.
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